ES*  Desde hace casi tres siglos, el perfil elegante y estilizado de la torre dos Clérigos se eleva con gracia sobre los tejados del centro de Oporto mostrándose a las aguas del Duero.

PT*  Há quase três séculos, o perfil elegante da torre dos Clérigos eleva-se com graça e harmonia sobre os telhados do centro da cidade do Porto, para mostrar-se às águas do Douro.. 

 

La torre dos Clérigos asomando sobre el horizonte portuense. Foto: Ramón Llanera

Canal Patrimonio Flumen Durius

ES*  La Torre dos Clérigos es quizás uno de los iconos más representativo de la ciudad de Oporto. Hablar de sus orígenes es retrotraerse al siglo XVIII, concretamente a 1707, año de la fundación de la Irmandade dos Clérigos, que nace de la unión de la Confraria de Nossa Senhora dos Clérigos Pobres, de la Irmandade de São Pedro ad Vincula y de la Congregação de São Filipe Néri, todas con sede en la Igreja da Misericórdia.

En 1731 la hermandad decidió construir un templo propio cuya traza recaería en el buen saber y hacer del arquitecto Nicolau Nasoni. Las obras darían inicio al año siguiente y se prolongarían hasta 1750, fecha de la conclusión de su fachada. A lo largo de estas dos décadas el proyecto inicial iría sufriendo numerosas alteraciones, interrupciones e incluso la sustitución de alguno de sus maestros canteros por desavenencias surgidas con la hermandad.

De planta elíptica, la Igreja dos Clérigos resultó toda una novedad en la arquitectura religiosa no solo del Norte de Portugal sino de todo el país. A través de sus numerosas ventanas, su espacio interior se inundó de una intensa luz que realzaba la talla dorada y el retablo de mármol de inspiración rococó de la capilla mayor, ejecutado por Manuel dos Santos Porto entre 1767 y 1780. A ambos lados fueron dispuestas sendas esculturas de madera policromadas representativas de San Pedro ad Vincula y San Felipe Neri. De su fachada resalta la compleja composición vertical, de carácter escenográfico, característica de los momentos finales del estilo barroco.

Altar mayor de la iglesia. Foto: Manuel V. Botelho

Concluidas las obras de construcción de la Iglesia, la hermandad adquirió un terreno contiguo conocido como Átrio dos Justiçados o de los Enforcados, en donde procedería a instalar la Casa da Irmandade, también atribuida a Nasoni. Construida entre 1753 y 1758, su interior acoge el Museo, la Casa do Despacho, la Sala do Cofre, el cartulario y la antigua enfermería de la hermandad.

Torre

En 1753, en el trascurso de las obras de edificación de la Casa da Irmandade, Nasoni presenta un proyecto de construcción de una torre campanario que vendría a sustituir otro previo que contemplaba la edificación en el mismo lugar de dos torres. La edificación comenzó en 1754 y concluiría en 1763 con la colocación de la imagen de San Pablo en el nicho de la puerta y de una cruz de hierro en su remate superior.

Quien acepte el desafío de subir 225 escaleras sin temer a sus 75 metros de altura será recompensado con una incomparable vista de la ciudad de Oporto.

Localización y visita

La iglesia se encuentra al final de la rua dos Clérigos, en la confluencia de la calle de Las Carmelitas con la de San Felipe Neri. La visita al museo y a la torre tiene un coste de cinco euros (la recaudación se destina al Hospital Pedro Hispano de Matosinhos) y el horario regular de visitas es de 9 a 19 horas. Del 31 de mayo al 7 de octubre puede visitarse también en horario nocturno, hasta las 23 horas.

PT*  A Torre dos Clérigos é, muito provavelmente, um dos ícones mais representativos da cidade do Porto. Para falar das suas origens temos de recuar ao século XVIII, concretamente a 1707, ano da fundação da Irmandade dos Clérigos, que nasce da união da Confraria de Nossa Senhora dos Clérigos Pobres, da Irmandade de São Pedro ad Vincula e da Congregação de São Filipe Néri, todas elas sediadas na Igreja da Misericórdia.

Em 1731, a Irmandade decidiu construir um templo próprio, cujo traço seria da autoria de Nicolau Nasoni. Um ano depois as obras teriam início prolongando-se até 1750, data da conclusão da sua fachada. Ao longo destas duas décadas o projeto inicial sofreu numerosas alterações, interrupções e, inclusive, substituíram-se alguns dos seus mestres pedreiros devido a desavenças surgidas com a Irmandade.

 

Igreja dos Clérigos. Foto: YellowCat

De planta elíptica, a Igreja dos Clérigos constituiu uma novidade na arquitetura religiosa não só no Norte de Portugal como em todo o país. Dotada de várias janelas, o espaço de culto enche-se de luz, realçando a talha dourada e o retábulo marmóreo colorido de inspiração rococó da capela-mor executado entre 1767 e 1780 por mão de Manuel dos Santos Porto. A ladear o retábulo figuram ainda São Pedro ad Vincula e São Filipe Néri em esculturas de madeira pintadas. Na sua fachada ressalta uma complexa composição vertical, de carácter cenográfico, característica dos momentos finais do estilo barroco.

Concluídas as obras de construção da Igreja, a Irmandade adquiriu um terreno contíguo conhecido como Átrio dos Justiçados ou dos Enforcados onde se instalaria a Casa da Irmandade, também ela atribuída a Nasoni. Construída entre 1753 e 1758, no seu interior encontramos o Museu, a Casa do Despacho, a Sala do Cofre, o Cartório e a antiga enfermaria da Irmandade.

Em 1753, no decurso das obras de construção da Casa da Irmandade, Nasoni apresenta um projeto de construção de uma torre sineira vindo a substituir o anterior que contemplava a edificação, no mesmo lugar, de duas torres. A sua construção teve início em 1754 e seria concluída em 1763 com a colocação da imagem de São Paulo no nicho da porta e de uma cruz de ferro no seu topo.

Vista desde o antigo Átrio dos Justiçados.

Quem aceitar o desafio de subir os seus 225 degraus sem temer os seus 75 metros de altura, é recompensado por uma vista singular e incomparável da cidade do Porto.

Visita

A igreja fica no final da rua dos Clérigos, na confluência da rua das Carmelitas com a rua São Filipe Néri. A visita ao museu e à torre tem um custo de cinco euros (a arrecadação vai para o Hospital Pedro Hispano de Matosinhos) e o horário regular de visitas é das 9h às 19h. De 31 de maio a 7 de outubro também podem ser visitados à noite, até as 23 horas.