ES* El Parque Natural de Alvão se localiza en el norte de Portugal, junto a la sierra de Marão. Clasificado en 1983 por sus singularidades geomorfológicas, la diversidad de su flora y fauna y su dimensión humana, sociológica y paisajística, la región brinda al visitante una amplia oferta de actividades ligadas al turismo de naturaleza en las que se incluyen tanto caminos peatonales como itinerarios para automóviles.

PT*  O Parque Natural de Alvão (PNAL) localiza-se no Norte de Portugal, junto à serra do Marão. Classificado em 1983 pelas suas singularidades geomorfológicas, a diversidade da sua flora e fauna e a sua dimensão humana, sociológica e paisagística, a região oferece ao visitante uma ampla oferta de atividades ligadas ao turismo de natureza nas que se incluem caminhos pedestres e itinerários automóveis

Bucólica estampa del Parque Natural do Alvão. Foto: Libânia Pereira (CC BY 2.0)

Canal Patrimonio Flumen Durius

ES*  Localizado en la cabecera del rio Olo, que transcurre de este a oeste hasta desembocar en el Támega (uno de los principales afluentes del Duero en su primer tramo portugués, pese a nacer en la provincia de Orense), el parque se caracteriza por el clima atlántico templado de influencias mediterráneas, consecuencia de su abierta exposición a las influencias marítimas que no rebasan las sierras de Alvão y Marão.

Desde una perspectiva geológica, en este espacio podremos contemplar dos ámbitos fundamentales. Por un lado, las tierras altas, en torno a las localidades de Lamas de Olo, Agarez y Arnal, en donde el paisaje está abiertamente dominado por el granito. Y por otro, las tierras bajas, con dos claras subzonas: una junto a las aldeas de Ermelo, Fervença y Barreiro, definida por las rocas metamórficas y los valles encajados nutridos de terrazas; y otra en las localidades de Varzigueto y Fisgas, en donde se localiza una importante falla cuarcítica que originó desniveles de hasta 300 metros de altura e imponentes cascadas de agua como la de Fisgas de Ermelo, principal icono del parque.

Foto: Caminhantes

La diversidad es, sin duda, la característica que mejor define el Parque Natural de Alvão. En sus 7.220 hectáreas de extensión se integran biotopos de influencia atlántica o mediterránea, tanto de formación natural como condicionados por la acción humana. Hogar de 500 especies botánicas, entre sus bosques destacan los conformados por el rebollo, el alcornoque y el castaño que rivalizan con amplias zonas de matorral en donde predominan los tojos, los brezos y los urces. La fauna constituye otro elemento destacable por su diversidad, consecuencia de la amplia variedad de biotopos existentes. Entre las más de 200 especies inventariadas se encuentran algunas en serio riego de extinción. Destacan, entre otras, el lobo ibérico, el murciélago, el águila culebrera, el halcón peregrino, el roquero rojo, el papamoscas, la chova de pico rojo y el camachuelo común.

Igualmente, el hombre ha contribuido desde tiempos inmemoriales a modelar el paisaje, aportando un rico legado patrimonial inmaterial y edificado. Sirviéndose de la materia prima local ha poblado el territorio con destacadas construcciones tradicionales, de uso comunal, como pajares, espigueiros, molinos, aceñas, muros y acueductos.

Cascada de las Fisgas de Ermelo. Foto: Município Mondim de Basto.

En la región de media montaña, la vaca maronesa y la cabra bravía han logrado adaptarse de forma notable tanto a terrenos pantanosos como a zonas áridas. Es este territorio, además, ejemplo de sustentabilidad y autosuficiencia económica en el que todo se aprovecha: el tradicional cultivo de la patata, el maíz y el centeno, por ejemplo, es destinado tanto para la alimentación de las poblaciones locales como para remate de las coberturas de las arquitecturas vernáculas, o como lecho para el ganado. Aún hoy es posible contemplar a las tejedoras trabajando a la manera clásica el popular lino elaborando encantadoras creaciones muy reconocidas entre las poblaciones locales y los turistas.

Visitar el Parque Natural de Alvão es descubrir una zona de belleza ruda, serrana y singular, en donde la historia del hombre se ensambla íntimamente con la del territorio.

Foto: Caminhantes

PT* Localizado na cabeceira do rio Olo, que corre de este para oeste até desaguar no rio Tâmega, o parque caracteriza-se por um clima temperado atlântico de características mediterrâneas, consequência da sua exposição às influências marítimas que as serras do Alvão e do Marão retêm.

Do ponto de vista geológico, neste espaço podemos contemplar dois sectores fundamentais. Por um lado, as terras altas, junto às localidades de Lamas de Olo, Agarez e Arnal, onde a paisagem é dominada pelo granito. Por outro, as terras baixas, com duas subzonas bem definidas: uma junto às aldeias de Ermelo, Fervença e Barreiro, definida pelas rochas metamórficas e pelos vales encaixados pontuados por socalcos artificiais; outra nas localidades de Varzigueto e Fisgas, onde corre uma falha quartzítica que originou um desnível de 300 metros de altura, formando imponentes cascatas, como as quedas de água das Fisgas de Ermelo, principal ícone do Parque.

Amostra da rica natureza. Foto: Caminhantes.

A diversidade é, sem dúvida, a característica que melhor define o Parque Natural de Alvão. Nos seus 7.220 hectares de extensão integram-se biótopos de influência atlântica e mediterrânea, tanto de formação natural como condicionados pela ação humana. Lar de 500 espécies botânicas, entre os seus bosques destacam-se os de carvalho, sobreiro e castanheiro que contrastam com amplas zonas de mato em que predomina o tojo, as urzes e as torgas. A fauna constitui outro elemento de destaque pela sua diversidade, consequência da ampla variedade de biótopos existentes. Entre as mais de 200 espécies inventariadas encontram-se algumas em sério risco de extinção. Salientam-se, entre outras, o lobo ibérico, o morcego, a águia-cobreira, o falcão-peregrino, o melro-das-rochas, o papa-moscas, a gralha-de-bico-vermelho e o dom-fafe.

Também o homem contribuiu desde tempos imemoráveis para transformar esta paisagem, deixando um rico legado patrimonial imaterial e edificado. Servindo-se da matéria-prima local, o território é pontilhado por construções tradicionais, de uso comunitário, como palheiros, espigueiros, moinhos, azenhas, muros e aquedutos.

Foto: Ricardo Oliveira (CC BY-SA 3)

É uma região de montanha, onde a vaca maronesa e a cabra brava conseguiram adaptar-se de forma notável, tanto em lameiros como em zonas áridas. De resto, este território é um paradigma da sustentabilidade e autossuficiência económica em que tudo se aproveita: o tradicional cultivo da batata, milho e centeio, por exemplo, é destinado não só para a alimentação das populações, como também para a cobertura das casas tradicionais ou para as camas do gado. Ainda hoje é possível admirar as tecedeiras, trabalhando o linho como antigamente, produzindo peças exímias, muito apreciadas pelas populações locais e pelos turistas.

Visitar o Parque Natural de Alvão é descobrir uma zona de beleza rude, serrana e singular, em que a história do homem se articula intimamente com a do território.