ES* Tradicionalmente, el paso del río Duero entre Oporto y Vila Nova de Gaia se hizo siempre por medios flotantes hasta que un elegante puente de hierro de dos plataformas vino a poner una solución definitiva a esta necesidad a finales del siglo XIX.

PT* Tradicionalmente, o cruzamento do rio Douro entre as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia foi feita por meios flutuantes, até que uma elegante ponte de ferro de duas plataformas trouxe uma solução mais rápida e eficiente a essa necessidade, no final do século XIX. 

Las dos plataformas del Puente de Don Luis I uniendo la orilla y las alturas a ambos lados del Duero. Foto: EcoGEO

Canal Patrimonio Flumen Durius

ES* El puente Don Luis I puso punto y final a una carencia que desde principios del siglo XIX se estaba intentando solucionar: no existían medios físicos fijos para atravesar el Duero entre Vila Nova de Gaia y Oporto. Hasta entonces, personas y mercancías cruzaban de una margen a la otra de la desembocadura del río por medio de embarcaciones. Hasta que en 1806 se inauguraba el primer intento de contar con una estructura fija de unión entre ambas orillas: un pontón de barcazas que se abría por el medio para dejar pasar a los barcos río arriba. Sin embargo su vida fue breve y trágica, ya que llegó a su fin cuando una carga a la bayoneta de las tropas invasoras francesas provocó la muerte de más de 4.000 personas que huían a través del puente.

Pese al carácter provisional de una estructura de estas características, el pontón fue reconstruido hasta que por fin, en 1842, fue sustituido por un puente colgante que, sin embargo, pronto dejaría de dar respuesta a las necesidades viales de esta zona. Oporto había experimentado un importante crecimiento comercial y demográfico y llegaba la hora de entrar en la Revolución Industrial desde su punto de vista más funcional y, por qué no decirlo, estético. Siguiendo la tendencia de las principales capitales europeas, Oporto inauguraba en 1888 una elegante estructura de hierro que venía a modificar para siempre el paisaje y la sociedad portuense.

El puente colgante convivió algunos meses con la estructura del puente Don Luis.

El puente Don Luis I fue proyectado por el ingeniero belga Théophile Seyrig siguiendo una línea muy parecida a la tendencia arquitectónica desarrollada por éste y por su ex socio, Gustave Eiffel, y cuyo máximo exponente sería la torre que eleva sobre los tejados de París el apellido del francés. Seyrig y Eiffel ya habían trabajado juntos algunos años antes en el puente de María Pía, construido unos metros Duero arriba para permitir unir Oporto con Lisboa por ferrocarril. Una infraestructura que hasta entonces era el puente de un solo arco más grande del mundo.

El desafío era superar al de María Pía abriendo caminos entre las escarpadas pendientes de ambas orillas urbanas. Y la solución fue un puente de doble plataforma -una encima y otra debajo del arco- para facilitar indistintamente el paso directo desde la ciudad alta de Oporto o desde la orilla del barrio de Miragaia hacia el lado de Vila Nova de Gaia y sus bodegas.

Hoy ese puente compone, junto al Duero y sus orillas, la tarjeta postal indiscutible de Oporto. No sólo es el protagonista del paisaje, sino que desde sus plataformas se goza de las mejores vistas del curso bajo y de la desembocadura del Duero. Visita inapelable para quien se acerca a conocer este rincón del Duero.

Garantindo as melhores vistas do alto da ponte. Foto: JuanPa Ausín

PT* A Ponte D.Luís I trouxe solução a uma questão que, desde o início do século XIX, estava por resolver: a falta de meios físicos fixos para atravessar o Douro entre as cidades de Vila Nova de Gaia e do Porto. Até então, pessoas e mercadorias cruzavam de uma margem à outra da foz do rio apenas por barcos. Até que em 1806 foi inaugurada a primeira tentativa de ter uma estrutura fixa de união entre as duas margens: uma ponte de barcas que se abria para permitir que os barcos seguissem rio acima. No entanto, sua vida foi breve e trágica. Chegou ao fim quando mais de 4.000 pessoas morreram na ponte, ao tentar fugir duma carga de baioneta executada pelas tropas invasoras francesas.

Apesar da natureza provisória de uma estrutura deste tipo, a Ponte das Barcas foi reconstruída, até que, finalmente, em 1842, foi substituída por uma ponte pênsil que logo ficaria pequena para as necessidades de transporte da área. Nessa época, o Porto experimentou um crescimento comercial e demográfico significativo. Chegava a hora, então, de entrar na Revolução Industrial, nesse caso a partir do seu ponto de vista mais funcional e, por que não dizer, estético. Seguindo a tendência das principais capitais europeias, o Porto inaugurou em 1888 uma elegante estrutura de ferro que modificou para sempre a paisagem e a sociedade portuense.

A ponte D. Luís I foi projetada pelo engenheiro belga Théophile Seyrig, numa linha muito semelhante à tendência de arquitetura desenvolvida por ele e seu antigo parceiro, o engenheiro francês Gustave Eiffel, autor da torre mais famosa do mundo, que se sobressai aos telhados da cidade de Paris. Seyrig e Eiffel já haviam trabalhado juntos alguns anos antes, na ponte D. Maria Pia, construída alguns metros acima do Douro para permitir a conexão do Porto com Lisboa por via férrea. Uma infraestrutura que até então era a ponte de arco único mais longa do mundo.

O desafio seria superar a de Maria Pia, abrindo vias de comunicação entre as encostas íngremes das duas margens urbanas. E a solução foi uma ponte de dois tabuleiros, um em cima do arco e outro embaixo, para facilitar a passagem direta, já fosse desde a Cidade Alta do Porto ou desde as margens do rio no bairro Miragaia, para o lado de Vila Nova de Gaia e suas adegas.

Hoje essa ponte compõe, junto ao Douro e suas margens, o grande e inquestionável cartão postal do Porto. Além de grande protagonista da paisagem, proporciona ao visitante as melhores vistas do baixo curso e da foz do Douro. Visita imperdível para quem está neste tão belo recanto do Douro.